"Como nasceu uma Loja
Maçônica"
Desembargador Cármine Antônio Savino Filho
Enviado pelo
Ir∴Fernando Paiva
Eminente Past Grão-Mestre
Adjunto
G∴L∴M∴E∴R∴J∴
08 de Fevereiro de 2009
Vou
transcrever para os queridos Irmãos como nasceu uma Loja Maçônica, hoje forte,
independente dos seus criadores, com sua vida própria, e Irmãos que nela viram a
Luz com muito Orgulho.
A∴R∴L∴M∴ CLÁUDIA MARIA DIZ ZVEITER n°147
O Irmão e Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro Cármine Antônio Savino Filho faz a descrição abaixo, emocionado. Vejam
com bastante atenção.
CAMINHOS E LUZES EM TORNO DE CLÁUDIA
(Para Luiz Zveiter)
Foi o destino inspirado que nos reuniu ali, naquela hora. Um
encontro marcado pela Providência Divina. Havíamos chegado cedo para a reunião
de nossa Loja Maçônica José Navega Cretton N°28 (G∴L∴M∴E∴R∴J∴). Enquanto
aguardávamos o início da sessão, nossa conversa se direcionou para a partida
prematura de Cláudia Zveiter, chamada por Deus, para se abrigar em Seu sopro por
toda a eternidade.
Entre nós, o Ir∴ Cléber – que hoje também transita na
espiritualidade – se emocionava com a profunda tristeza refletida nos corações
de Cecília e IIr∴ Waldemar e Luiz Zveiter. Dos olhos de Cléber brotavam lágrimas
temperadas, entretanto, pela certeza de todos: de Cláudia morrera somente o
corpo físico.
Sua presença etéria e a lembrança de sua grandeza estavam
ali, na memória de todos. De repente, compreendemos as razões maiores de termos
chegado com antecedência para aquele encontro tão planejado, em que nos pusemos
a reviver a pessoa querida que se fora.
A idéia pairava sobre nossas
cabeças, como um esperado bálsamo: “Vamos perpetuar o nome de Cláudia Zveiter em
uma Loja Maçônica!”.
Dia seguinte, partimos para a concretização da idéia
magnífica. Em pouco tempo, como num toque de mágica, assistimos emocionados ao
nascimento da Loja Cláudia Zveiter. Que o tempo se encarregou de torná-la
grande, de manter seu brilho e de anunciar novas esperanças.
A lembrança
dos IIr∴ Waldemar Zveiter e Luiz Zveiter sempre nos levará à recordação da
Cláudia, eterna companheira de Luiz na missão suprem a de viver a
universalidade, de construir um lar e cultuar a harmonia da paz.
Ao Ir∴
Luiz Zveiter – cujo sofrimento pela perda de Cláudia não o impediu de cumprir
seu destino de líder e de gestor público – agora investido na missão de
Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro – lembramos as
palavras de Shakespeare: “Tudo está bem, quando acaba bem”.
Para nossa
reflexão conjunta, nos valemos destes versos de Rilke, em “Elegia de
Duíno”:
“Os mortos precoces não precisam de nós, eles
que se
desabituam do terrestre, docemente,
como de suave seio maternal. Mas
nós,
ávidos de grandes mistérios, nós que tantas vezes
só através da dor
atingimos a feliz transformação,
sem eles, poderíamos ser?
Eles que hoje
nos trazem êxtase, consolo e amparo.”
(Dezembro de 2008)